Guapé nas Tics mais uma vez...
Ao pensar na construção deste blog, não poderia haver outro tema tão sugestivo por que Guapé sempre esteve inserido em colaboração com as tecnologias norteadoras do desenvolvimento social, econômico e cultural do país.
Conta à história que foi o engenheiro da Cemig o Sr. Francisco Noronha quem descobriu as Corredeiras das Furnas, quando saiu para pescar a convite da família Mendes Júnior. Diante de um Cânion longo e profundo, o engenheiro, impressionado, tirou fotos, desenhou barragens e calculou a profundidade do reservatório e, em Belo Horizonte, apresentou seus estudos à Cemig, que já planejava fazer uma barragem no Rio Grande. (Trecho Revista da Alago – Nº 1/Abr2010) Estando nos anos 50 e o país sob o poder de Juscelino Kubitschek, com sua ideologia crescer “cinquenta anos em cinco”, nosso Brasil precisava de energia para sustentar o crescimento e atender à demanda dos três principais centros socioeconômicos: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Em 28 de fevereiro de 1957, Juscelino Kubitschek, no Palácio do Rio Negro, residência de verão do Governo em Petrópolis, assinou o decreto de nº 41.066, que autorizava a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas – primeira de grande porte no Brasil, com capacidade para gerar 1.216 MW e obra essencial do Plano de Metas do então presidente. A construção foi iniciada em 1958 e a primeira unidade entrou em operação no ano de 1963.
“E Guapé, cujo nome tem por significado “Caminho n’água” e por isso seu lema escolhido pelo então Senador Dr. Passos Maia, para figurar definitivamente nossa bandeira foi “ Fluctuat ne mergitur” que significa “Flutuar, mergulhar não.”
A cidade crescia como outra qualquer, até que o trágico - 09 de
Janeiro de 1963, quando quase desapareceu sendo tomada pelas águas do Lago de Furnas. Foi uma época de dor, sofrimento e desespero, saudade e revolta. Mas, tudo era em prol do progresso do país e hoje, há mais números de vitórias que de fracassos.
E ao ver, JK era possuidor de uma inteligência ímpar e com uma visão futurística de fazer inveja a qualquer político adversário ou não nos dias de hoje. Quão grande era sua garra em criar tudo baseado ao Lema: "Cinquenta anos em cinco”.
Guapeenses ou não, se naquela época tudo ficou mais triste e desesperador, as garras dos que por aqui ficaram ou partiram, tiveram semelhantemente a mesma persistência que Juscelino em transformar o Brasil. Já pararam para pensar na vasta vantagem que o setor elétrico nos proporciona?, e em estradas que nos levam aos recursos?, na industrialização que nos vestem, nos alimentam, nos divertem?,etc.
Então, saibamos subtrair da tragédia de 1963 todo o lado positivo que somente pessoas especiais como Juscelino pode nos deixar. E a seu exemplo, como homem cuja visão atravessava as montanhas, como uma águia, pense nos benefícios que o tão carinhosamente chamado “Mar de Minas” tem nos proporcionado com sua tamanha beleza e surpreendente paisagem.
Município de Capitólio-MG.
Esta visão panorâmica e provável do passeio percorrido pelo então Engenheiro da Cemig o Sr. Francisco Noronha, descobridor das Corredeiras das Furnas, quando saiu para pescar a convite da família Mendes Júnior. Diante de um cânion longo e profundo, o engenheiro, impressionado, tirou fotos, desenhou barragens e calculou a profundidade do reservatório. Mais tarde em Belo Horizonte planejava fazer uma barragem no Rio Grande. Ano de 1957.
