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sexta-feira, 27 de maio de 2016

GENEALOGIA DA FAMÍLIA RAGI E BALDONI - GUAPÉ



É preciso estar consciente da importância em dar continuidade à história de nossa querida cidade Guapé.
Sabemos que Guapé tem sua história contada e recontada por tantos, mas, muito bem descreve sobre seu início no livro “Guapé Reminiscências”. O tão considerado livro é muito rico em suas histórias, além de nos prender com sua boa leitura nos remete a um passado fantástico recheado de muitas aventuras, muitos feitos, algumas pitadas de mentiras, alguns supostos plágios, mas muito carregado de informações relacionadas com a formação da cidade, com a religião, com os escravos e seus senhores e também sobre a política da época.
Passos Maia nos deixou informações enriquecedoras a respeito desta formação e apresento o início de tudo, as vinte e quatro famílias que vieram a se entrelaçarem e dar origem à provável árvore genealógica da cidade Guapé. 


Sabe-se que outros vieram de distantes localidades para também comporem da sociedade guapeense. Muito válido ressaltar aqui a chegada de alguns imigrantes de nacionalidade francesa, espanhóis, sírios e libaneses.
Conforme fui encontrando as informações sobre o início de nossa querida Guapé, acompanhando com detalhes a leitura do livro “Guapé Reminiscências” de Passos Maia (Dr. Sano), percebi que nada se relatou sobre as famílias Baldoni e Ragi, estes imigrantes de origem italiana, bastante numerosa em Guapé e região.
Na medida em que seguia a leitura de suas páginas, surgia então a curiosidade em saber o porquê da ausência destes familiares, uma vez que o autor deixaria nele a árvore genealógica das famílias que provavelmente deram início ao surgimento da cidade de Guapé da qual lhes apresentei e graças a esta curiosidade pude descobrir que ambas as famílias chegaram por aqui no final da década de 50, já que a edição da obra de Passos Maia se deu no ano de 1933.
Percebendo da ausência dos imigrantes italianos, faltava então pôr em prática e criar caminhos para continuar a descrever alguns feitos e por escolha e sorte, sobre os Ragi e Baldoni. 
Começava ali uma grande busca e informações sobre eles. Relatos fornecidos pelos familiares descendentes, pesquisas pelo Google, e assim poder dar sequência na história de Guapé de uma maneira sutil, mas de bom tom para futuros pensadores/escritores desta cidade que por escolha vivo alguns momentos de minha vida.
Aqui segue o que colhi depois de algum tempo de pesquisa.
Assim como todas as nações intercambiam suas mercadorias, culturas, artes, tecnologias, costumes, também intercambiam pessoas. Foi por este princípio de organização da sociedade humana, que chegaram ao Brasil, no final do século IX os imigrantes italianos aqui citarei os da árvore genealógica dos Ragi e Baldoni. Conforme citado acima.
O princípio de tudo pode ser que tenha acontecido assim: Segundo o Acervo Digital do Museu da Imigração do Estado de São Paulo o registro de chegada do primeiro ente da família Baldoni no Brasil ocorreu em 13 de dezembro de 1884, uma mulher e seu nome era Natale Baldoni, tinha 30 anos, profissão Fazendeira, origem da cidade de Genova na Itália. Anos mais tarde surgiram novos registros de imigração desta família de italianos foram eles:
____ Pietro Baldoni e Michele Baldoni chegaram em 1888;
____ Ângelo Baldoni, Augusto Baldoni, Achile Baldoni e Constante Baldoni, chegaram ao ano 1891;
____ Giuseppe Baldoni chegou em 29 de julho de 1893;
____ Giovanni Baldoni e Vincenzo Baldoni chegaram ao ano de 1895... 
O primeiro registro da família Ragi, esta uma mulher, se deu em 14 de agosto de 1890 e seu nome era Andrea Ragi e com idade de 37 anos, veio da região de Genova-Itália.

Segundo uma de seus remanescentes migrada na região sudeste a Sra. Sandra Baldone, com o “e” no final do sobrenome provavelmente erro de cartório, hoje vive na cidade de Campo Belo, MG, descreve sendo a união entre estas duas famílias de forma a ser constituída na fé cristã, no amor e na superação de dificuldades inerentes à existência humana. 


Nesta imagem apresento a todos, a Senhora Geralda Ragi Baldoni tendo como sua Mãe Madalena Belineli e seu Pai Gabriel Ragi. Também, o Senhor Túlio Baldoni tendo como sua Mãe Hélia Spuri e como Pai Jacob Baldoni. Eles se conheceram e por nossa região chegaram com os mesmos propósitos ou pela mesma  necessidade (a de se estabelecerem em busca de vida mais digna em outra pátria) casou-se no ano de 1949, no Município de Nepomuceno e depois migraram, também, para a região de Guapé, no final da década de 50. Aqui, continuaram a constituição da família, uma prole de 10 filhos, todos nascidos em casa.  O que diferencia uma família grande, de descendência italiana, com costumes comuns? Certamente, a forma como os filhos foram educados, tendo o pai e a mãe com autoridade e referência para a construção de seus projetos de vida. Tal educação fora calcada no amor incondicional ao próximo, na fé cristã e na retidão do comportamento.
Como toda família, seus integrantes passaram por intempéries inerentes á condição humana, sobretudo, àquelas quando se pertence a uma camada menos favorecida. Sofrendo a repercussão da situação socioeconômica do país no início da década de 60, os filhos mais velhos trabalhavam na enxada ou derriçando pés de café, ficando longe dos bancos escolares. Embora tenham tido seus direitos negados à época, isto não os impediu de buscar conhecimentos de mundo, de vida para sua realização pessoal e profissional.
Sobre a produção de café, vale ressaltar que Tulinho foi o primeiro a plantar café na Volta Grande em região de serra usando a técnica “café adensado” no lugar denominado Ribeirão Verde, em 1973. Tulinho utilizou esta técnica devido à dificuldade de acesso ao terreno, economizando tempo e aproveitar o espaço que era limitado. Prática esta que só foi implantada pelo extinto IBC na década de 80.
Os outros quatro filhos mais novos frequentaram as escolas Dona Agostinha Flor de Maria e Ginásio Estadual de Guapé. Cada um seguiu seu caminho, uns enveredaram pela academia, outros se dedicaram à produção de café, em continuidade à proposta do patriarca Túlio Baldoni. Com os netos não está sendo diferente, os ensinamentos dos avós e dos pais são referência em sua trajetória, tendo alguns que escolheram o meio artístico, o mundo do rodeio e a música.
Necessário se faz ressaltar que os filhos não se restringiram ao mínimo de 10. A matriarca Geralda Ragi Baldoni adotou tantos outros que bateram à sua porta. Não  preocupou-se em contá-los. Alguns a tiveram como mãe até o casamento, outros permaneceram junto dela por algum tempo, até alçarem outros voos. De forma a representar a todos que foi acolhido pela família, o senhor João Luís Jack, conhecido por João d’ Luz, permanece sob os cuidados dos dez filhos, continuando o propósito de vida da já então referida matriarca.
Houve um tempo que a cidade de Guapé não possuía Hospital, assim, os doentes da Comunidade de volta Grande eram levados no Jeep do “Tulinho” para o atendimento do Farmacêutico Saihum e ficavam internados na casa do mesmo “Tulinho” até se restabelecerem para retornarem à Volta Grande.

Assim, diferencia-se uma família, cujos filhos legítimos ou adotados, ressalto aqui  Taslei Baldoni que não entrou na árvore devido ser adotado, embora este tenha sido reconhecido por meio de documentos, optei em deixá-lo temporariamente de fora da árvore genealógica dos Baldonis ,considerando que possui outra família, mesmo assim a intenção é a de manter viva a memória desta família que procuram educar os filhos e netos como foram educados. Continuam a tradição de almoços festivos, acolhendo a todos sem qualquer distinção. Filhos dos filhos dos imigrantes italianos que também constituíram famílias, alargando assim seu número de integrantes, seguindo seus projetos de vida sem se esquecer dos valores-pilares deixados pelos pais. Não importa a profissão que exercem o grau de escolaridade que filhos e descendentes tenham adquirido. Permanecem unidos pelos valores indissolvíveis, legados deixados por Túlio Baldoni e Geralda Ragi Baldoni que jamais serão desprezados em quaisquer circunstâncias, independente dos lugares e/ou cargos que ocupam.
Para os Baldoni e Ragi, deixo o início para futuras realizações e poderem dar continuidade na história de suas vidas e assim contribuir para Guapé e região.


Colaboração: _ Professora Nilda Maria Oliveira Baldoni, _ _Professora Sandra Baldoni.  
(Pesquisa realizada por: Gilséa Oliveira Silva. Maio de 2016)



2 comentários:

  1. Que interessante,Gil!Gostei muito e seria um prazer publicar no "Bão de Prosa''.Parabéns,mesmo.Valeu.E viva os Ragi Baldoni!

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  2. Que legal Gabriel Ragi é meu bisavô, sou neto da dona Ruth zacaroni e do Demétrio Ragi

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