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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Breve Biografia de Agostinha Flor de Maria



AGOSTINHA FLOR DE MARIA - Nascida em 06 de março do ano de 1848 em Ouro Preto-MG., faleceu em 06 de junho de 1901. Filha de Fulgêncio Moreira Maia (Seu pai natural de Diamantina-MG,cursou o Seminário de Mariana fazendo ali o curso do "Seminário Maior", este, libertou todos os escravos antes da abolição e educou todos os seus filhos.)  e de dona Leopoldina Carolina da Silveira, (Ela era descendente dos "TAVORAS"  asilaram em Ouro Preto com nome suposto para evitar perseguição do Marquez de Pompal. - Sobre Os "TAVORAS" http://viajandonotempo.blogs.sapo.pt/31134.html ) cresceu na cidade e veio casar-se com o Sr. João Climaco Fulgino dos Passos Junior -(Tinha um apelido: João Boticário) - passando suas núpcias na antiga Dôres da Boa Esperança. Após seu casamento com João Climaco, instalaram-se na fazenda Córrego do Campo de posse do Padre Domiciano Antônio Machado, este posteriormente tornou-se padrinho de um dos seus filhos o Domiciano Augusto dos Passos Maia.Nesta passagem por lá, o Padre Domiciano deu-lhes um abono e eles vieram estabelecer no Distrito de São Francisco do Aguapé,em 1864, atuando em negócio de fazenda seca e comércio de boi gordo. Com muito tino comercial e de admirar, diligente, logo fizeram fortuna. Tiveram então, seus 10 filhos.

           Agostinha, foi a primeira professora que iniciou a educação de nossas moças. Ela, que dominava dois idiomas o francês e o português,teve contudo, de ir para São João Del Rei fazer exames de habilitação para ser professora primária. Durante muitos anos, ela exerceu com tamanha dedicação e eficiência esse magistério, que as moças que aprenderam com ela pareciam ter requintado colégio superior e até hoje são mães de família modelares, hábeis costureiras e exímias floristas. Por este trabalho,Agostinha jamais deixou-se se sentir desmotivada,embora penosa,tinha que caminhar diariamente quase um quilômetro de terra para educar estas moças e ainda zelava pelos seus filhos menores e atendia às obrigações de velar pelas refeições, a tempo e hora, dos camaradas de roça terreiro de sua fazenda. Foi a mulher forte de que fala o Evangelho. Plasmou as nossas atuais matronas, que são o orgulho de nossa gente por suas grandes virtudes e alta moralidade. Era tão boa, de uma bondade tão irradiante, que, mesmo com seus enormes afazeres,nunca houve uma dor que ela não mitigasse, uma mágoa que ela não consolasse,um erro para que ela não aconselhasse o corretivo. O nosso arraial era um recanto do paraíso, onde todos viviam em paz e harmonia. Ela tinha todas as virtudes de Cornelia e daria Grachos a Roma, se lá tivesse nascido. Como essa mãe de Florência seria capaz de afugentar com um grito o leão que lhe quisesse arrebatar um filho! Por ocasião da revolta de Canudos, Agostinha escreveu ao seu filho Domiciano a seguinte frase " Se fosse dado às mães o privilégio de declarar as guerras, jamais se daria um choque entre as nações!" Depois de sua morte,que se deu em 06 de junho de 1901,nosso arraial entrou em colapso e por muitos anos, Domiciano deixou escrito em suas reminiscências que: "Havia primavera, havia verão; ocasos magníficos douravam o nosso poente e a aurora continuou a abrir, na expressão de Homero, as portas do levante com seus dedos róseos;mas a alegria não voltou mais à nossa aldeia, e as festas que, antes, atraiam tanta gente, perderam a influência e o marasmo e a agonia entibiaram todos os corações, e a tal ponto, que quando voltei para aqui, depois de quinze anos de ausência, encontrei uma ruína em nosso povoado, que fora tão florescente e prazenteiro, enquanto ela vivera, animando e alegrando nosso povo, que a adorava e que até hoje vão em romaria depositar flores em seu túmulo...". Guapé, ainda arraial, consta no "Guapé para Sempre", do Grupo Pró-Guapé, que teve como mestra Dona Agostinha Flor de Maria. Em 8 de abril de 1937 foi criado o Grupo de Guapé, mas suas instalações só começaram a funcionar no ano de 1945. Na época, sob a Direção de Leopoldina Maia, as salas de aulas foram regidas pelas professoras: D. Tita Pádua, Helena Santos, Elza Pádua, Doralçice Jorge, Ana Avelar, Maria Aparecida Amaral, Luzia Ramos Amaral,Terezinha Maia Arantes Leonel, Augusta Costa, Anita Vieira, Belica Ramos, Zélia Prado e Suavita Passos Coelho. Anos mais tarde, o Grupo Escolar do pequeno lugar denominado Aguapé recebeu o nome de "Escola Estadual D'Agostinha Flor de Maria" e mantêm-se até os dias atuais, localizando-se à R. Bento Dutra, S/N -  a atender um número aproximado de 300 crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Homenagem esta que reconhecidamente mostrou-nos ser uma mulher guerreira,zelosa, e acima de tudo humana.
(Pesquisa realizada por GILSÉA OLIVEIRA SILVA DE ASSIS - Professora - EM 15 DE NOVEMBRO DE 2013. Fontes da pesquisa: "REMINISCÊNCIAS DE PASSOS MAIA", "Guapé para Sempre"e www.geni.com.)

5 comentários:

  1. Excelente,Gil,como tudo que faz.Amei.Em nome de nossa história, obrigada.

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  2. Excelente,Gil,como tudo que faz.Amei.Em nome de nossa história, obrigada.

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  3. Eu emeus irmaos osmais estudamos nesta escola D.Agotinha Flor deMAria

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Agostinha Flor de Maria é filha de Fulgêncio Moreira Maia Filho, que nasceu aos 26 de Março de 1824, em Caeté..

    O Fulgêncio Moreira Maia, o velho, avô de D. Agostinha Flôr de Maria, foi batizado aos dois dias de junho de mil setecentos e noventa e cinco, na paróquia de Santo Antonio de Ribeirão de Santa Bárbara, Capitania de Minas Gerais.

    Sô Sano descende, pelo tronco dos Moreira Maia, de portugueses que se radicaram na região aurífera das Minas Gerais setecentista, tendo o tetravô dele, Pantaleão Moreira Maia, sido Alferes na Villa do Sabará, donde residia ele e a sua esposa, tetravó de Sô Sano, D. Rita Coelho Carneiro, no arraial da Lapa de Villa de Sabará..

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