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terça-feira, 7 de novembro de 2017

UMA PRANCHA SOBRE GUAPÉ DOS SONHOS

https://www.youtube.com/watch?v=VDDcH9tniRU&feature=youtu.be


Este trabalho fez parte da última Feira de Cultura realizada pela Escola Estadual Dr. Lauro Corrêa do Amaral ocorrida no último 27 e 28 de outubro do corrente, com o tema Guapé "Nossa Terra, Nossa História". Na elaboração deste belo trabalho esteve à sua frente os alunos Mateus José de Barros Júnior e André Luiz Antônio de Barros. Provavelmente fora utilizado em sua produção das tecnologias existentes em softwares.
Trabalhos como estes deveriam ser realizados com maior frequência em nossas escolas, mas, bem sabemos que há um índice de apenas 6% das escolas brasileiras portando e utilizando computadores em sala de aula. Mais um motivo para elevar o trabalho destes garotos pois este é a prova de que as tecnologias e seus avanços se tornaram peças chaves nos trabalhos realizados por nossas escolas públicas, e para isso, deveriam tornar-se mais acessível. Quantos desafios ainda por enfrentar? 
Há urgência em encurtar estes laços tecnologia/conectividade/professor que resultará em autonomia de nossos estudantes. Nossa escolas precisam se adaptarem à cultura digital se reorganizarem em questão de currículo, enfim toda a sua cultura. 
(Parabéns ao aluno Mateus José de Barros Junior, fico feliz por ter feito parte de sua base escolar e hoje poder estar registrando um trabalho tão rico em detalhes, e este só poderia ter vindo de você.) 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

GENEALOGIA DA FAMÍLIA RAGI E BALDONI - GUAPÉ



É preciso estar consciente da importância em dar continuidade à história de nossa querida cidade Guapé.
Sabemos que Guapé tem sua história contada e recontada por tantos, mas, muito bem descreve sobre seu início no livro “Guapé Reminiscências”. O tão considerado livro é muito rico em suas histórias, além de nos prender com sua boa leitura nos remete a um passado fantástico recheado de muitas aventuras, muitos feitos, algumas pitadas de mentiras, alguns supostos plágios, mas muito carregado de informações relacionadas com a formação da cidade, com a religião, com os escravos e seus senhores e também sobre a política da época.
Passos Maia nos deixou informações enriquecedoras a respeito desta formação e apresento o início de tudo, as vinte e quatro famílias que vieram a se entrelaçarem e dar origem à provável árvore genealógica da cidade Guapé. 


Sabe-se que outros vieram de distantes localidades para também comporem da sociedade guapeense. Muito válido ressaltar aqui a chegada de alguns imigrantes de nacionalidade francesa, espanhóis, sírios e libaneses.
Conforme fui encontrando as informações sobre o início de nossa querida Guapé, acompanhando com detalhes a leitura do livro “Guapé Reminiscências” de Passos Maia (Dr. Sano), percebi que nada se relatou sobre as famílias Baldoni e Ragi, estes imigrantes de origem italiana, bastante numerosa em Guapé e região.
Na medida em que seguia a leitura de suas páginas, surgia então a curiosidade em saber o porquê da ausência destes familiares, uma vez que o autor deixaria nele a árvore genealógica das famílias que provavelmente deram início ao surgimento da cidade de Guapé da qual lhes apresentei e graças a esta curiosidade pude descobrir que ambas as famílias chegaram por aqui no final da década de 50, já que a edição da obra de Passos Maia se deu no ano de 1933.
Percebendo da ausência dos imigrantes italianos, faltava então pôr em prática e criar caminhos para continuar a descrever alguns feitos e por escolha e sorte, sobre os Ragi e Baldoni. 
Começava ali uma grande busca e informações sobre eles. Relatos fornecidos pelos familiares descendentes, pesquisas pelo Google, e assim poder dar sequência na história de Guapé de uma maneira sutil, mas de bom tom para futuros pensadores/escritores desta cidade que por escolha vivo alguns momentos de minha vida.
Aqui segue o que colhi depois de algum tempo de pesquisa.
Assim como todas as nações intercambiam suas mercadorias, culturas, artes, tecnologias, costumes, também intercambiam pessoas. Foi por este princípio de organização da sociedade humana, que chegaram ao Brasil, no final do século IX os imigrantes italianos aqui citarei os da árvore genealógica dos Ragi e Baldoni. Conforme citado acima.
O princípio de tudo pode ser que tenha acontecido assim: Segundo o Acervo Digital do Museu da Imigração do Estado de São Paulo o registro de chegada do primeiro ente da família Baldoni no Brasil ocorreu em 13 de dezembro de 1884, uma mulher e seu nome era Natale Baldoni, tinha 30 anos, profissão Fazendeira, origem da cidade de Genova na Itália. Anos mais tarde surgiram novos registros de imigração desta família de italianos foram eles:
____ Pietro Baldoni e Michele Baldoni chegaram em 1888;
____ Ângelo Baldoni, Augusto Baldoni, Achile Baldoni e Constante Baldoni, chegaram ao ano 1891;
____ Giuseppe Baldoni chegou em 29 de julho de 1893;
____ Giovanni Baldoni e Vincenzo Baldoni chegaram ao ano de 1895... 
O primeiro registro da família Ragi, esta uma mulher, se deu em 14 de agosto de 1890 e seu nome era Andrea Ragi e com idade de 37 anos, veio da região de Genova-Itália.

Segundo uma de seus remanescentes migrada na região sudeste a Sra. Sandra Baldone, com o “e” no final do sobrenome provavelmente erro de cartório, hoje vive na cidade de Campo Belo, MG, descreve sendo a união entre estas duas famílias de forma a ser constituída na fé cristã, no amor e na superação de dificuldades inerentes à existência humana. 


Nesta imagem apresento a todos, a Senhora Geralda Ragi Baldoni tendo como sua Mãe Madalena Belineli e seu Pai Gabriel Ragi. Também, o Senhor Túlio Baldoni tendo como sua Mãe Hélia Spuri e como Pai Jacob Baldoni. Eles se conheceram e por nossa região chegaram com os mesmos propósitos ou pela mesma  necessidade (a de se estabelecerem em busca de vida mais digna em outra pátria) casou-se no ano de 1949, no Município de Nepomuceno e depois migraram, também, para a região de Guapé, no final da década de 50. Aqui, continuaram a constituição da família, uma prole de 10 filhos, todos nascidos em casa.  O que diferencia uma família grande, de descendência italiana, com costumes comuns? Certamente, a forma como os filhos foram educados, tendo o pai e a mãe com autoridade e referência para a construção de seus projetos de vida. Tal educação fora calcada no amor incondicional ao próximo, na fé cristã e na retidão do comportamento.
Como toda família, seus integrantes passaram por intempéries inerentes á condição humana, sobretudo, àquelas quando se pertence a uma camada menos favorecida. Sofrendo a repercussão da situação socioeconômica do país no início da década de 60, os filhos mais velhos trabalhavam na enxada ou derriçando pés de café, ficando longe dos bancos escolares. Embora tenham tido seus direitos negados à época, isto não os impediu de buscar conhecimentos de mundo, de vida para sua realização pessoal e profissional.
Sobre a produção de café, vale ressaltar que Tulinho foi o primeiro a plantar café na Volta Grande em região de serra usando a técnica “café adensado” no lugar denominado Ribeirão Verde, em 1973. Tulinho utilizou esta técnica devido à dificuldade de acesso ao terreno, economizando tempo e aproveitar o espaço que era limitado. Prática esta que só foi implantada pelo extinto IBC na década de 80.
Os outros quatro filhos mais novos frequentaram as escolas Dona Agostinha Flor de Maria e Ginásio Estadual de Guapé. Cada um seguiu seu caminho, uns enveredaram pela academia, outros se dedicaram à produção de café, em continuidade à proposta do patriarca Túlio Baldoni. Com os netos não está sendo diferente, os ensinamentos dos avós e dos pais são referência em sua trajetória, tendo alguns que escolheram o meio artístico, o mundo do rodeio e a música.
Necessário se faz ressaltar que os filhos não se restringiram ao mínimo de 10. A matriarca Geralda Ragi Baldoni adotou tantos outros que bateram à sua porta. Não  preocupou-se em contá-los. Alguns a tiveram como mãe até o casamento, outros permaneceram junto dela por algum tempo, até alçarem outros voos. De forma a representar a todos que foi acolhido pela família, o senhor João Luís Jack, conhecido por João d’ Luz, permanece sob os cuidados dos dez filhos, continuando o propósito de vida da já então referida matriarca.
Houve um tempo que a cidade de Guapé não possuía Hospital, assim, os doentes da Comunidade de volta Grande eram levados no Jeep do “Tulinho” para o atendimento do Farmacêutico Saihum e ficavam internados na casa do mesmo “Tulinho” até se restabelecerem para retornarem à Volta Grande.

Assim, diferencia-se uma família, cujos filhos legítimos ou adotados, ressalto aqui  Taslei Baldoni que não entrou na árvore devido ser adotado, embora este tenha sido reconhecido por meio de documentos, optei em deixá-lo temporariamente de fora da árvore genealógica dos Baldonis ,considerando que possui outra família, mesmo assim a intenção é a de manter viva a memória desta família que procuram educar os filhos e netos como foram educados. Continuam a tradição de almoços festivos, acolhendo a todos sem qualquer distinção. Filhos dos filhos dos imigrantes italianos que também constituíram famílias, alargando assim seu número de integrantes, seguindo seus projetos de vida sem se esquecer dos valores-pilares deixados pelos pais. Não importa a profissão que exercem o grau de escolaridade que filhos e descendentes tenham adquirido. Permanecem unidos pelos valores indissolvíveis, legados deixados por Túlio Baldoni e Geralda Ragi Baldoni que jamais serão desprezados em quaisquer circunstâncias, independente dos lugares e/ou cargos que ocupam.
Para os Baldoni e Ragi, deixo o início para futuras realizações e poderem dar continuidade na história de suas vidas e assim contribuir para Guapé e região.


Colaboração: _ Professora Nilda Maria Oliveira Baldoni, _ _Professora Sandra Baldoni.  
(Pesquisa realizada por: Gilséa Oliveira Silva. Maio de 2016)



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Breve Biografia de Agostinha Flor de Maria



AGOSTINHA FLOR DE MARIA - Nascida em 06 de março do ano de 1848 em Ouro Preto-MG., faleceu em 06 de junho de 1901. Filha de Fulgêncio Moreira Maia (Seu pai natural de Diamantina-MG,cursou o Seminário de Mariana fazendo ali o curso do "Seminário Maior", este, libertou todos os escravos antes da abolição e educou todos os seus filhos.)  e de dona Leopoldina Carolina da Silveira, (Ela era descendente dos "TAVORAS"  asilaram em Ouro Preto com nome suposto para evitar perseguição do Marquez de Pompal. - Sobre Os "TAVORAS" http://viajandonotempo.blogs.sapo.pt/31134.html ) cresceu na cidade e veio casar-se com o Sr. João Climaco Fulgino dos Passos Junior -(Tinha um apelido: João Boticário) - passando suas núpcias na antiga Dôres da Boa Esperança. Após seu casamento com João Climaco, instalaram-se na fazenda Córrego do Campo de posse do Padre Domiciano Antônio Machado, este posteriormente tornou-se padrinho de um dos seus filhos o Domiciano Augusto dos Passos Maia.Nesta passagem por lá, o Padre Domiciano deu-lhes um abono e eles vieram estabelecer no Distrito de São Francisco do Aguapé,em 1864, atuando em negócio de fazenda seca e comércio de boi gordo. Com muito tino comercial e de admirar, diligente, logo fizeram fortuna. Tiveram então, seus 10 filhos.

           Agostinha, foi a primeira professora que iniciou a educação de nossas moças. Ela, que dominava dois idiomas o francês e o português,teve contudo, de ir para São João Del Rei fazer exames de habilitação para ser professora primária. Durante muitos anos, ela exerceu com tamanha dedicação e eficiência esse magistério, que as moças que aprenderam com ela pareciam ter requintado colégio superior e até hoje são mães de família modelares, hábeis costureiras e exímias floristas. Por este trabalho,Agostinha jamais deixou-se se sentir desmotivada,embora penosa,tinha que caminhar diariamente quase um quilômetro de terra para educar estas moças e ainda zelava pelos seus filhos menores e atendia às obrigações de velar pelas refeições, a tempo e hora, dos camaradas de roça terreiro de sua fazenda. Foi a mulher forte de que fala o Evangelho. Plasmou as nossas atuais matronas, que são o orgulho de nossa gente por suas grandes virtudes e alta moralidade. Era tão boa, de uma bondade tão irradiante, que, mesmo com seus enormes afazeres,nunca houve uma dor que ela não mitigasse, uma mágoa que ela não consolasse,um erro para que ela não aconselhasse o corretivo. O nosso arraial era um recanto do paraíso, onde todos viviam em paz e harmonia. Ela tinha todas as virtudes de Cornelia e daria Grachos a Roma, se lá tivesse nascido. Como essa mãe de Florência seria capaz de afugentar com um grito o leão que lhe quisesse arrebatar um filho! Por ocasião da revolta de Canudos, Agostinha escreveu ao seu filho Domiciano a seguinte frase " Se fosse dado às mães o privilégio de declarar as guerras, jamais se daria um choque entre as nações!" Depois de sua morte,que se deu em 06 de junho de 1901,nosso arraial entrou em colapso e por muitos anos, Domiciano deixou escrito em suas reminiscências que: "Havia primavera, havia verão; ocasos magníficos douravam o nosso poente e a aurora continuou a abrir, na expressão de Homero, as portas do levante com seus dedos róseos;mas a alegria não voltou mais à nossa aldeia, e as festas que, antes, atraiam tanta gente, perderam a influência e o marasmo e a agonia entibiaram todos os corações, e a tal ponto, que quando voltei para aqui, depois de quinze anos de ausência, encontrei uma ruína em nosso povoado, que fora tão florescente e prazenteiro, enquanto ela vivera, animando e alegrando nosso povo, que a adorava e que até hoje vão em romaria depositar flores em seu túmulo...". Guapé, ainda arraial, consta no "Guapé para Sempre", do Grupo Pró-Guapé, que teve como mestra Dona Agostinha Flor de Maria. Em 8 de abril de 1937 foi criado o Grupo de Guapé, mas suas instalações só começaram a funcionar no ano de 1945. Na época, sob a Direção de Leopoldina Maia, as salas de aulas foram regidas pelas professoras: D. Tita Pádua, Helena Santos, Elza Pádua, Doralçice Jorge, Ana Avelar, Maria Aparecida Amaral, Luzia Ramos Amaral,Terezinha Maia Arantes Leonel, Augusta Costa, Anita Vieira, Belica Ramos, Zélia Prado e Suavita Passos Coelho. Anos mais tarde, o Grupo Escolar do pequeno lugar denominado Aguapé recebeu o nome de "Escola Estadual D'Agostinha Flor de Maria" e mantêm-se até os dias atuais, localizando-se à R. Bento Dutra, S/N -  a atender um número aproximado de 300 crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Homenagem esta que reconhecidamente mostrou-nos ser uma mulher guerreira,zelosa, e acima de tudo humana.
(Pesquisa realizada por GILSÉA OLIVEIRA SILVA DE ASSIS - Professora - EM 15 DE NOVEMBRO DE 2013. Fontes da pesquisa: "REMINISCÊNCIAS DE PASSOS MAIA", "Guapé para Sempre"e www.geni.com.)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

DALUIS

          

                       



  
                 A História tem fundamental importância na construção da memória de um município, cumpre funções de resgatar o passado e assegurar que no futuro alguém se espelhe nelas para crescerem como seres devidamente humanos. Considero a história como ponto fundamental para que se possa compreender a natureza dos acontecimentos e a contribuição deles para a cultura e civilização do município, principalmente estas que podemos tomar conhecimento por estarem tão próximas de nós.
              Hoje, marcando o mês de maio em 2012 , celebrando a abolição dos escravos e sob a inspiração de  Passos Maia, a história que vou contar resgata um pouco as origens de nossos ancestrais. É o causo do “Daluis”.
João Luiz Jaques , o "Daluis". Negro robusto filho de legítimos escravos, com sua história trágica, da qual um certo dia, lá pelas bandas de Nepomuceno, Minas Gerais, foi encontrado numa mata, já com seus dez anos aproximadamente, uma aparência bem primitiva, com cabelos afros por cortar, sem contato com humanos, fazendeiros da região laçou-o, tomando-o por escravo.
Mesmo com um comportamento bastante arredio, os fazendeiros o negociaram com os Baldonis em troca de uma égua, naquela época este tipo de negócio era chamado de catira, termo ainda muito usado e praticado por aqui.
             Carinhosos, os Baldonis fizeram de "Daluis" um verdadeiro homem, fiel à família, ajudou a criar dez filhos da prole.
     Quando em leito de morte Dona Geralda, matriarca respeitadíssima entre os Baldonis e esposa do Sr. Tulio Baldoni, quis com muito respeito preservar a presença de Daluis entre os Baldonis, pediu que cada um dos dez filhos se revezasse para cuidar dele.
          Assim fizeram e hoje “Daluis” encontra-se ainda entre os Baldonis. Com seus quase cem anos aproximadamente e confirmados por exames médicos realizados recentemente. Muito alegre, não formou família própia devido a fidelidade e cumplicidade que devera à família dos Baldonis, não se importando mesmo com o deslocar de um lugar para o outro de tempo em tempo.
         “Daluis” é prova viva dos tempos de escravidão que contribui enriquecendo ainda mais a história deste lugar reconhecido como Guapé.  
                 
( Colaboração da Professora Nilda Baldoni )

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO DO CAMPO

                 O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), apresentado pelo Ministério da Educação em abril de 2007, colocou à disposição dos estados, municípios e Distrito Federal, instrumentos eficazes de avaliação e de implementação de políticas de melhoria da qualidade da educação, sobretudo da educação básica pública. (http://simec.mec.gov.br/cte/relatoriopublico/principal.php)

                O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, um programa estratégico do PDE, instituído pelo Decreto 6.094 de 24 de abril de 2007, inaugurou um novo regime de colaboração, conciliando a atuação dos entes federados sem lhes ferir a autonomia, envolvendo primordialmente a decisão política, a ação técnica e atendimento da demanda educacional, visando à melhoria dos indicadores educacionais. Sendo um compromisso fundado em vinte e oito diretrizes e consubstanciado em um plano de metas concretas e efetivas, compartilha competências políticas, técnicas e financeiras para a execução de programas de manutenção e desenvolvimento da educação básica.

                A partir da adesão ao Plano de Metas, os estados, os municípios e o Distrito Federal passaram à elaboração de seus respectivos Planos de Ações Articuladas (PAR). A partir de 2011, os entes federados poderão fazer um novo diagnóstico da situação educacional local e elaborar o planejamento para uma nova etapa (2011 a 2014), com base no Ideb dos últimos anos (2005, 2007 e 2009).
                O Programa “Escola Ativa” está inserido aos processos de adesão ao Plano de Ação Articulada do (SIMEC) que o município de Guapé está vinculado. Este Programa busca melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo. Entre as principais estratégias estão: implantar nas escolas recursos pedagógicos que estimulem a construção do conhecimento do aluno e capacitar professores.
               Guapé hoje ainda possui em sua rede escolar três escolas que ainda funcionam de forma multisseriadas, são elas: Escola Municipal Padre Anchieta na comunidade de Araúna, Escola Municipal Teixeira de Faria na Comunidade de Pontal e a Escola Municipal Presidente Castelo Branco na comunidade Capoeirinha. É a gestão atual em sintonia com a localização das crianças valorizando seu próprio espaço de origem, alunos do campo aprendendo os valores de “homem do campo” .
Objetivos da Escola ATIVA:
·       . Apoiar os sistemas estaduais e municipais de ensino na melhoria da educação nas escolas do campo com classes multisseriadas, fornecendo diversos recursos pedagógicos e de gestão;
·      . Fortalecer o desenvolvimento de propostas pedagógicas e metodológicas adequadas a classes multisseriadas;
·     . Realizar formação continuada para os educadores envolvidos no programa em propostas pedagógicas e princípios políticos pedagógicos voltados às especificidades do campo; 

  .  Fornecer e publicar materiais pedagógicos voltados às especificidades do campo.
·      .  Fornecer e publicar materiais pedagógicos que sejam apropriados para o desenvolvimento da proposta pedagógica.

                 O município conta com um coordenador que frequenta as capacitações na cidade de Belo Horizonte e a cada quinzena o material é repassado aos educadores do município que posteriormente transmite aos alunos em suas  aulas.

                                       (Supervisora Pedgógica Nilza Castro em Belo Horizonte.)
                                  (Apresentação de Atividades Realizadas nos encontros de Belo Horizonte)
                  (07 de setembro/2011- Crianças encenando Escola ATIVA)






terça-feira, 9 de agosto de 2011

HONRARIA AO FEIO



Os "Maias" carregam uma expressiva força histórica pelo país a fora. Não é diferente aqui pelas bandas de Guapé, Aguanil, Cristais, Boa Esperança, Coqueiral dentre outros que não pude alcançar pelas minhas pesquisas.
Conta à história que Domiciano Augusto dos Passos Maia, foi Médico, primeiro Prefeito de Guapé MG, Senador, Deputado da República Velha e um brilhante escritor, escreveu o livro GUAPÉ que nos deixou grande acervo sobre sua família e a cultura de Guapé.
Era senhor dotado de uma cultura requintada e carregada de muita sensibilidade política, como médico dedicado que não media esforços em seus atendimentos, neles recebiam de igual forma ricos e pobres.
Como idealista político, passou pela Prefeitura de Guapé por volta da década de 20, emancipando o município criando e dando o digno nome da cidade que curiosamente carrega o significado originário de “Guay”, planta que viceja nos lagos, formando verdadeiros caminhos sobre as águas. Posteriormente podemos encontrar a palavra “Aguapé”, significando “estradas nágua”. Parecia ali, haver uma premonição de tudo o que viria pela frente com a inundação de Furnas nos anos 60.
Obcecado por estradas e rodovias, foi-se sem as vê-las de concreto por aqui, hoje há um único acesso devidamente asfaltado sem que necessitem de travessia em balsas. Guapé se tornou península após as inundações de Furnas, mas continua bela como nos tempos dos Maias.
Quanta gratidão a este homem. Que cruzando estradas chegou ao Senado Mineiro e concretizou ali, muitos de seus projetos como político.
Na ocupação do Senado Mineiro, Passos Maia, esteve inserido em diversos feitos nas cidadelas que circundam Sul de Minas, bem como, diretamente articulador da transferência do município de Coqueiral para Boa Esperança.
Enobrecendo o nome modesto de Guapé com sua inteligência aprimorada e em meio ao seu mundo político, não escapou em receber o título de “Político mais feio” de Minas Gerais. Passos Maia foi eleito ''senador estadual'' várias vezes, na República Velha. Os amigos e depois os inimigos, só de gozação, exageravam dizendo que era o político mais feio de Minas. Ele não ligava e carregava a reputação de “o político mais feio” do seu tempo. Certa vez, conta o colunista Cláudio Humberto (www.claudiohumberto.com.br)
que o Senador “ao atender um desconhecido, mandou-o entrar e o presenteou com um estojo:
__ Ganhei esta jóia no Senado, como prêmio por ter sido o homem mais feio que já passou por lá. Mas vejo que quem merece o prêmio é o senhor.
__ Mas eu sou apenas um vendedor de livros…
__ Não tem problema. O senhor leva a jóia e eu compro uma enciclopédia a título de bonificação! – respondeu, extasiado.”
Mas isso, jamais deverá ser levado em conta principalmente no meio político e se comparado ao que vemos na atualidade dentro do mundo político, tal título hoje seria realmente uma honraria. O que conta, foram suas lutas incessantes pelas possibilidades sociais, econômicas e políticas que contribuíram e transformaram Guapé e Minas em uma esfera onde ainda se possa respirar livremente alegres e sutis.

(Dedico este texto ao saudoso Carlos Maia, pessoa pela qual tive o prazer de conviver fugazmente mas que pude subtrair muito de sua essência positiva pela vida.)

domingo, 8 de maio de 2011

Recados para Orkut


(Por Erma Bombeck)

No dia em que Deus criou as mães (e já vinha virando dia e noite há seis dias), um anjo apareceu-lhe e disse:
- Por que esta criação está lhe deixando tão inquieto Senhor? E o Senhor Deus respondeu-lhe:
- Você já leu as especificações desta encomenda?
1º] Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico.
2º] Deve ter 180 partes móveis e substituíveis, funcionar à base de café e sobras de comida.
3º] Ter um colo macio que sirva de travesseiro para as crianças.
4º] Um beijo que tenha o Dom de curar qualquer coisa, desde um ferimento até as Dores de uma paixão,
5º] e ainda ter seis pares de mãos para dar conta de todas as tarefas. O anjo balançou lentamente a cabeça e disse-lhe:
- Seis pares de mãos Senhor? – Parece impossível!?! - Mas o problema não é esse, falou o Senhor Deus – e os três pares de olhos que essa criatura tem que ter? O anjo, num sobressalto, perguntou-lhe:
- Para que? - Um par de olhos para ver através de portas fechadas, para quando se perguntar o que as crianças estão fazendo lá dentro (embora ela já saiba);
outro par na parte posterior da cabeça, para ver o que não deveria, mas precisa saber;
e naturalmente os olhos normais, capazes de consolar uma criança em prantos, dizendo-lhe: – “Eu te compreendo e te amo! – sem dizer uma palavra. E o anjo comenta:
- Senhor…já é hora de dormir. Amanhã é outro dia. Mas o Senhor Deus explicou-lhe:
- Não posso, já está quase pronta. Já tenho um modelo que se cura sozinho quando adoece, que consegue alimentar uma família de seis pessoas com meio quilo de carne moída e consegue convencer uma criança de 9 anos a tomar banho…O anjo rodeou vagarosamente o modelo e falou:
- É muito delicada Senhor!
Mas o Senhor Deus disse entusiasmado:
- Mas é muito resistente! Você não imagina o que esta pessoa pode fazer ou suportar! O anjo, analisando melhor a criação, observa: - Há um vazamento. Ali Senhor…
- Não é um vazameno, é uma lágrima! E esta serve para expressar alegrias, tristezas, Dores, solidão, orgulho e outros sentimentos. - Vós sois um gênio, Senhor! – Disse o anjo entusiasmado com a criação.
- Mas essa lágrima não fui eu que coloquei. Apareceu assim…


Para todas as Mães.